Caminho dos ventos
A saudade,
teu presente em meus dias,
desta vez
veio embrulhada
em laços de solidão.
E me perdi em nós,
atados aos meus braços vazios...
O que fazer dos meus versos
que vadios,
esperam por teu amar?
O que fazer se não apaguei teus rastros
em meus poemas
que agora escrevem minhas dores
junto ao teu nome neste céu azul?
Escreverei em brisas do norte que levarão
aos teus ouvidos as minhas canções
e deixarão, em mim,
o teu olhar,
ao retornarem a mim,
com teu doce vento sul.
Carinhos em azul
Que dizer de teus doces carinhos,
presentes em cada pedaço
deste azul?
São enlevos,
são caminhos percorridos
por meus dedos ligeiros,
até encontrar teu abraço.
Que dizer de teus versos,
cantigas em sol
a colorir meus dias reversos?
São poesias d'alma enlevada,
gêmea minha,
um dia, de mim, separada,
mas hoje, em festa,
por teus verbos conjugada.